O Governo do Estado, por meio do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas – IPAAM, quer a retirada dos pais de família que trabalham na Feira do Peixe da ponte Amazonino Mendes. Agindo de forma truculenta, a decisão é para desmobilizar a feira do peixe, ignorando qualquer pedido dos feirantes de um local para ganhar o seu sustento.
O governador Wilson Lima determinou ao IPAAM o envio da notificação para a Prefeitura de Parintins retirar os trabalhadores, numa tentativa de jogar a responsabilidade para o município. A notificação dá um prazo de 90 dias para a Prefeitura, argumentando que os feirantes promovem degradação ambiental.
Na descrição, conforme o documento, o IPAAM exige do município: apresentação ao IPAAM do plano de desmobilização da feira do peixe instalada irregularmente nas margens do lago da ponte no prazo de 30 (trinta) dias; e execução da desmobilização dos barracos da feira do peixe no prazo de 90 (noventa) dias.
O documento do órgão do governo não trata com dignidade os trabalhadores, chamando de “barracos”, as bancas construídas pelos peixeiros.
A notificação do Estado demonstra total desconhecimento sobre a área, já que o local onde está a feira é de responsabilidade da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e não do IPAAM.
A área onde está instalada a Feira do Peixe é de aproximadamente 239 metros e a Prefeitura de Parintins não tem gestão sobre o local. No entanto, o município tem interesse na regularização e na proteção das famílias que comercializam o pescado.
Desde 2017 a prefeitura busca entendimento com a direção da SPU, já que existe todo um cenário para ser analisado, com mais de 60 famílias que estão lá trabalhando. Os números revelam que a feira comercializa mais de 60 toneladas de peixe ao mês, portanto, é uma atividade que gera emprego e renda para várias famílias e isso o governo do Estado, por questão de perseguição política, não está levando em consideração.