Após denúncias e escândalos envolvendo membros da Polícia Militar em Parintins, a Justiça Eleitoral determinou que as urnas eletrônicas passassem a ser guardadas pela Polícia Federal. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 30, pela juiza da Quarta Zona Eleitoral de Parintins, Juliana Arrais Mousinho.
De acordo com a magistrada, Parintins recebe maior atuação das Forças Armadas para dar mais segurança ao pleito do dia 06 de outubro. “Vamos ter também o apoio das Forças Armadas que é quem vai fazer a guarda das urnas tanto na zona rural, quanto na sede do município, revela a juíza.
Mousinho garante que este ano, após as denúncias apresentadas junto à Justiça Eleitoral, um maior quantitativo da Polícia Federal estará no município. “Nós tivemos um reforço da Polícia Federal. Chegaram mais alguns agentes, chegou mais um delegado da Polícia Federal no município pra que ajude nessa segurança”, informa a representante do judiciário.
Ela foi bastante específica quanto a decisão da Justiça sobre o transporte das urnas no interior de Parintins. “Em relação à zona rural, a determinação é que a guarda das urnas não sejam feitas pela
Polícia Militar, seja feita pelas Forças Armadas”, concluiu.
As ações da Justiça Eleitoral foram intensificadas após denúncias de crimes eleitorais em Parintins praticados supostamente por um grupo que apoia a candidata à Prefeitura de Parintins, Brena Dianná (UB). O caso aponta envolvimentos do governador do Amazonas Wilson Lima, o presidente da COSAMA Armando do Vale, o ex-comandante da PM/Parintins Francisco Magno Judiss (que foi tirado do cargo), o secretário de estado da cultura/Am Marcos Apolo Muniz e Francisco Rogério Cyrino.