A ex-vereadora de Parintins, Brena Dianná, acumula mais uma frustração em sua trajetória política. Após ser derrotada nas eleições de 2024 para a Prefeitura de Parintins e tentar sem sucesso vaga na Secretaria de Cultura do Amazonas no início de 2025, Brena viu fracassar sua última chance de voltar à política como deputada estadual.
Durante mais de um mês, especulou-se que a deputada estadual Joana D’Arc poderia assumir a recém-criada Secretaria de Bem-Estar Animal, abrindo vaga na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM). Como a primeira suplente, uma vereadora de Manaus, dificilmente deixaria o cargo, as atenções se voltaram para a segunda suplente, Brena Dianná, que via nessa possibilidade um retorno ao legislativo.
Porém, na última terça-feira, o governador Wilson Lima confirmou a nomeação da aliada de Joana D’Arc, a publicitária Leda Maia, para comandar a nova secretaria, encerrando qualquer possibilidade de ascensão política para a ex-vereadora de Parintins. Foi então que novamente a candidata derrotada à prefeitura de Parintins reapareceu.
CRÍTICAS SELETIVAS
Na quarta-feira, um dia após a decisão que sepultou suas chances na ALEAM, Brena voltou às redes sociais para criticar a gestão do prefeito Mateus Assayag – o mesmo que a derrotou nas eleições municipais de 2024. No vídeo, manteve seu tom habitual, mas foi seletiva nas pautas abordadas.
Entre os temas levantados, mencionou nepotismo, ignorando que sua própria família ocupa cargos no governo do Estado. Além disso, não explicou sua real atuação como supervisora de calha, cargo que recebeu em fevereiro deste ano como compensação pela derrota eleitoral. Com um salário de R$ 9 mil, ainda não há informações concretas sobre suas atividades na função, que aparentemente é um consolo após diversas frustrações na vida pública.
CRISE ESTADUAL EM PARINTINS E A CALHA FURADA
Enquanto a atuação de Brena na supervisão de calha permanece desconhecida, o Governo do Estado enfrenta uma crise de gestão em Parintins. Recentemente, serviços essenciais como o Pronto Atendimento ao Cidadão (PAC) foram fechados, supostamente por falta de pagamento de contas básicas como água e luz.
A maior vergonha, no entanto, é a situação do Bumbódromo, principal palco cultural da região Norte, que ficou no escuro sem explicações oficiais. O episódio levanta dúvidas sobre a gestão estadual na cidade e sobre a supervisão da calha, que deveria estar atenta aos problemas da região do Baixo Amazonas.
Diante desse cenário, fica a dúvida: o governo estadual perdeu o controle sobre Parintins ou a supervisora de calha está apenas navegando sem rumo?