A prática que vem crescendo nos últimos anos, a formação antecipada de filas no entorno do Bumbódromo, foi “condenada” pela Promotoria de Justiça de Parintins nesta sexta-feira, 20 de junho, e classificada como “comércio ilegal de venda de lugares na fila”. Em coletiva de imprensa realizada no inicio desta tarde promotores e representantes dos bumbás fizeram o anúncio das medidas de intervenção.
O encontro que definiu as medidas foi coordenado pelos promotores de justiça Marina Campos, Ney Costa Alcântara Filho e Ricardo Mitoso Borges. Participaram da reunião representantes da Prefeitura de Parintins, Governo do Amazonas, Polícia Militar e Maná Produções.
De acordo com a Promotoria de Justiça de Parintins, “a prática de formar filas com dias e semanas de antecedência, por meio da demarcação de espaços com caixotes, cadeiras, tendas e outros objetos, configura apropriação indevida e privatização de logradouro público, violando o direito coletivo de uso comum do povo”.

Na tentativa de organizar o espaço no entorno do Bumbódromo e evitar o comércio ilegal, a Justiça estabeleceu algumas medidas:
“O inicio da montagem de quaisquer estruturas de apoio aos brincantes para as filas das galeras ocorrerá no dia 25/06/2025”, mas, “o início da formação das filas será efetivado apenas às 10h do primeiro dia oficial do Festival”.
Segundo a promotora Marina Campos, a intervenção da Justiça no caso “tendo por base a necessidade de garantir a dignidade das pessoas que estão na fila e também a possibilidade de assegurar a segurança de todos que vão participar do festival de Parintins”.
Para garantir a execução do que foi estalecido “a Policia Militar vai promover “a fiscalização e a remoção imediata de quaisquer objetos deixados em logradouros públicos sem autorização no entorno do Bumbódromo”.
“A gente pede que a sociedade, que as pessoas que estão lá, de forma espontânea, retirem esses locais, não coloquem, porque o que a gente quer preservar é a maior participação popular”, finaliza o promotor Ney Costa Alcântara.